~* Livrai-me de todo mal, Amém. *~

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

                         

Engraçado é que eu ainda me imagino com você. A gente se casando. Acordando, você me trazendo café da manhã na cama, eu passando nutella no seu rosto e você me fazendo cócegas. Eu te puxaria e nós ficaríamos ali mais um pouco, deitados, planejando o nosso dia. Você sentaria na cama, e mexendo no meu cabelo, você diria: “Você está linda hoje”. Você iria se arrumar pro trabalho e eu iria continuar na cama, com aquela sua camisa larga, lendo a tabela de esportes no jornal. Do quarto eu gritaria que o meu time estava na frente do teu no campeonato, e lá do banheiro, com o cabelo todo bagunçado e a escova de dente na mão, você iria aparecer na porta do quarto, colocaria língua pra mim e eu iria rir. Rir muito de você. Rir de nós. Rir só por estar feliz. Rir por ter você ao meu lado. Já teria dado a sua hora, e você teria que ir embora. Eu te acompanharia até a porta. Te daria mil beijos, e quando você cruzasse a porta, eu te puxaria e te abraçaria, mais. Você andaria uns dois passos, olharia pra trás e quando me visse de cabeça baixa, você voltaria, me beijaria, me pegaria no colo e iria me girar. Você diria, baixinho, no meu ouvido : “Calma, a gente vai se ver logo.” E então eu iria ficar te observando ir. Quando eu te perdesse de vista, iria correr pra me arrumar, porque já estava mais do que atrasada para o meu trabalho. Na hora do almoço, a gente se encontraria naquele mesmo restaurante. Que não seria o mais caro nem o melhor da cidade. Mas que iria ter a melhor lasanha e o melhor sushi que a gente já teria experimentado na vida. Eu iria fazer o pedido e você ao olhar a minha cara de indecisa diria pro garçom: “Tem algum prato especial pro jantar? Porque do jeito que eu tô vendo, essa lerda não vai decidir o que quer tão cedo”. Eu iria te olhar, assim, por cima, e iria rir baixinho de você. Olharia pro garçom, faria o pedido e depois eu mexeria no celular, com a cara fechada, sem olhar pra você. Você iria pegar na minha mão e dizer:
 “Você fica tão linda assim, minha boba”. Eu te chutaria por debaixo da mesa e com aquela cara de dor, a gente ia rir. E eu faria você prometer que me pagaria um sorvete depois. Você faria que sim com a cabeça. A gente comeria, rindo, fazendo graça, tacando coisas um no outro. Todo mundo iria olhar. A gente se despediria de novo, e voltaríamos para o trabalho. A noite, quando eu chegasse em casa, pegaria o álbum de fotos – pra passar o tempo, até que você chegasse – e passando cada foto, eu me lembraria de todos os momentos que eu passei ao teu lado. Eu deitaria no sofá da sala e pensaria em você, e depois as minhas bochechas iriam doer, de tanto sorrir. Eu pegaria o nosso cachorro no colo, e pra ele, eu contaria as nossas mil e uma histórias, tudo que vivemos juntos. Quando você chegasse em casa, eu estaria fazendo o nosso jantar. Você iria jogar a sua maleta na mesa, de qualquer jeito e depois me abraçaria por trás e me daria um beijo. Eu me viraria e sorrindo eu perguntaria como foi o seu dia. Você com o dedo dentro do molho do macarrão, diria: “Foi normal. Passei o dia todo pensando em você.” E depois levaria o dedo a boca. Eu iria bater na sua mão com a colher. Repetindo que você não podia colocar a mão dentro das panelas enquanto eu preparava alguma coisa. E você iria rir, irônico e dizer: “Tá bom mamãe… não faço mais”. Você então me puxaria, me deitaria no chão da sala e iria me beijar, me agarrar, forte,e eu tentaria me soltar. Reclamaria que o jantar já estava quase pronto, e que iria passar do ponto. Então eu colocaria pra nós dois. A gente comeria, só nós, aquele macarrão meio estranho, mas você acharia a melhor coisa do mundo, só por ter sido eu quem fiz. Eu te obrigaria a me ajudar a lavar a louça, e a gente iria molhar a cozinha inteira. Fazendo bolhas de sabão, e sem querer, quebrando uns três pratos. Depois a gente deitaria no sofá. Na tv, iria estar passando um filme meloso, daquelas histórias de amor clichês.
 Eu deitaria a minha cabeça no seu ombro, e choraria nas partes em que o mocinho se declara pra mocinha. Você daria um sorriso bobo, do tipo “Como ela é boba. Como eu amo essa boba.” E então você me daria um beijo na testa. Eu iria pegar no sono, e você me lavaria no colo pra nossa cama. Você me colocaria com todo cuidado na cama, e depois faria carinho no meu cabelo, repetindo como me ama. Eu fingiria que estava dormindo, só pra ouvir o que você iria dizer. E então, com um gemido baixo, eu acordaria, olharia pra você e diria: “O filme já acabou?” E você com todo o amor do mundo diria: “Sim, pode voltar a dormir meu amor.” Eu te beijaria. Delicadamente. Te tocaria, os toques mas sensíveis, mas perfeitos do mundo. Eu iria ser sua aquela noite. E por todos os dias da minha vida. E eu espero, que todos esses meus planos, possam virar realidade um dia!

(Autor desconhecido – adaptado)