E a gente foi se conhecendo, se completando, ele preenchendo os espaços que faltavam em mim e vice versa. E não tinha rotina.
Como não lembrar de todas as madrugadas que nós passávamos conversando... ou não, de nós dois desviando caminho antes de chegar em casa, parando o carro numa esquina qualquer sem se importar se alguém ia aparecer ou não, ou de nós dois sentados na frente de uma fogueira dividindo o mesmo cobertor, Das nossas tentativas (em vão) de tentar assistir um filme até o final... A gente tinha química.
Das nossas brigas, que não foram poucas, mas que sempre eram acompanhadas de ótimas reconciliações. Das vezes que a gente tava tendo uma briga seria, e no meio da discussão a gente se olhava e começava a rir... e terminávamos a briga de outro jeito. A gente vivia se estranhando, mas um não conseguia ficar longe do outro por muito tempo, bastava a gente se ver pra raiva passar. Ás vezes as palavras eram até desnecessárias, bastava a gente se olhar pra saber exatamente o que o outro estava pensando... querendo.
Era meu confidente, meu amigo, alguém que eu sabia que realmente estava ali se eu precisasse, aturava minha TPM e meu gênio difícil sem muitas reclamações, sempre me surpreendia, com o que quer que fosse. Já tentei odiar mas não deu, ficou um carinho, sempre fica!
É aquela velha história que você sabe exatamente o que tem, so não acredita que vai perder... Mas se não der valor perde!
Dizem que as coisas acontecem quando tem que acontecer, e aconteceu na hora certa, me fez amadurecer, me fez entender que você não escolhe de quem gostar, que amor não pede licença, ele chega e se instala, sem data pra ir embora... e as vezes não vai mesmo, que amor e orgulho não combinam e que todo esforço vale a pena se for pra estar do lado de quem você realmente ama. Guardei só o que foi bom.''
Vanessa Aryádna
